Semana Santa: mãos artesãs, muito comércio e um ano inteiro de trabalho

A confecção das palmas brancas, um dos emblemas mais tradicionais da Semana Santa, requer mãos de artesãos, muita habilidade e um ano inteiro de trabalho, três requisitos que Elche cumpre na perfeição. E nossos artesãos cumprem.

A tradição deste ofício, de fazer palmeiras brancas para o Domingo de Ramos, foi passada de pai para filho na nossa oficina de Elche, que pertencem à mesma família, cujos membros sempre têm os olhos postos o longo o ano todo no Domingo de Ramos.

A produção da palma branca benta para o Domingo de Ramos, da palma tecida para o Domingo de Ramos e dos ornamentos com palma branca para o Domingo de Ramos é um processo muito laborioso e totalmente artesanal cujas técnicas ancestrais foram passadas de pai para filho durante séculos.

O primeiro passo para a elaboração da Palma Branca para as procissões do Domingo de Ramos é o processo de amarração, que começa no início de dezembro e consiste em fechar o olho da palmeira com cordas artesanais formando um cone , garantindo que as novas palmeiras que nascem não façam fotossíntese. Ao receberem pouca luz, ficam com um branco amarelado. 

A colheita ocorre em setembro. As palmeiras que cresceram dentro da coifa são cortadas, deixando-se as necessárias para não causar danos à palmeira ou alterar seu crescimento. Segue-se um processo de seleção baseado em medidas e qualidades, e outro processo de limpeza. Para terminar de dar aquele tom claro, eles são escovados um a um e colocados em piscinas especiais para descolorir.

O trançado da palma é um trabalho que exige muita dedicação, sendo muito difícil de ensinar e consideravelmente trabalhoso. As mãos e a engenhosidade dos mestres artesãos se unem para dar vida a uma grande variedade de modelos, de 5 cm a 3,70 metros. Palmas brancas e palmas que serão levadas na mão ou na lapela no Domingo de Ramos.